quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Baixos de linha e terminais na pesca à pluma


Ola a todos.

Tenho andado um pouco afastado do meu blog e também da pesca por motivos profissionais e mais recentemente devido a uma pequena cirugia a que fui submetido mas em breve penso voltar ás lides e trazer novos relatos das minhas pescarias aqui para o blog.
Desta vez venho falar de um assunto onde muitos iniciantes tem dificuldade e que é essencial para podermos ter bons resultados nas nossas jornadas de pesca à pluma.


                      Baixos de linha e terminais

Os baixos de linha ou também chamados leaders em conjunto com os terminais são um dos pontos mais importantes na pesca á pluma e que merecem uma especial atenção de qualquer plumeiro em todas as suas jornadas de pesca. Com este artigo pretendo responder a algumas duvidas normais e naturais que por vezes surgem a quem começa a pescar à pluma.

                                                                              O que é um baixo de linha? 


Um baixo de linha não é mais que uma pequena quantidade de fio de pesca com formato cónico ao qual vamos unir um outro pedaço de fio de pesca sempre de diâmetro inferior ao diâmetro final do baixo de linha chamado terminal.
 Terminal este que será por sua vez onde vamos atar a nossa mosca.
 A medida de um baixo de linha é muito variável e depende principalmente do local onde vamos pescar e das condições de pesca mas vai também muito de acordo com a preferência de cada plumeiro, alguns preferem usar um baixo mais curto que pode ser pouco mais que 4 pés (+/- 120cm) outros preferem grandes baixos que podem mesmo ultrapassar os 15pés (+/- 5 metros).
 O pormenor que distingue um baixo de linha de pesca à pluma de um simples e normal fio de pesca é a sua conicidade ou seja não é um fio «normal» de pesca mas sim um fio cónico com partes bem distintas de diâmetro que se dividem em butt que é parte mais grossa do baixo, tapper que é a parte central do baixo e tippet que é a parte final e mais fina do baixo.

Perfil de um baixo cónico aqui em 3 comprimentos diferentes.

É este formato cónico que permite que a linha principal transmita a energia do lançamento ao baixo e por sua vez que o baixo a transmita à mosca e que permite também uma boa apresentação da mosca ao peixe.
 Existem alguns tipos de baixos de linha bem distintos uns dos outros mas vamos apenas falar sobre os normais baixos de linha de nylon ou fluorcabono.(tapered leaders)

 Ficam e só a titulo de exemplo alguns baixos de linha comerciais todos distintos uns dos outros.

 Tapered leader. Normal baixo de linha cónico de nylon ou fluorcarbono usados na maioria das situações de pesca.

 Brainded leader. Baixo de linha torcido. Conheço estes baixos só da net. Sei que são feitos com fios torcidos entre si mas desconheço as suas vantagens ou desvantagens e as situações onde se possam utilizar.

 Polyleader. Baixo de linha com o mesmo perfil dos tapered leaders mas que podem ser intermédio ou afundante e com diferentes velocidades de afundamento. Ideal para usar quando pescamos com linhas intermédias, linhas afundantes ou linhas de ponta afundante quando temos intenção de pescar fundo ou numa certa camada de água que não a superfície.
Baixo de linha cónico em nylon com referência ao comprimento, diâmetro e resistência.


Brainded leader (baixo torcido)


Vários exemplos de polyleader com diferentes comprimentos e tipos de comportamentos.

                                                                                                       O que é o terminal?

O terminal na pesca a pluma (também chamado de tippet) não é mais que um complemento final do nosso baixo de linha.
Ou seja o terminal é o pedaço final de fio do baixo de linha em que o comprimento depende da opção do pescador mas anda sempre +/- entre os 50cm e 1 metro, já o diâmetro é dependente do baixo com que vamos pescar.
O diâmetro do terminal deverá ser sempre inferior ao diâmetro do baixo. pela simples razão que o terminal serve como ´´fusível`` do baixo, caso por exemplo a mosca se prenda numa pedra,raiz, árvore e todos os locais onde as nossas moscas parecem fazer questão de cair.
Caso não consigamos aceder ao local onde a mosca está presa para a soltar basta puxar o fio e sendo o terminal a parte mais frágil do conjunto será ai que a montagem vai partir. Perdemos o terminal e a mosca mas mantemos a integridade do baixo e ai basta montar um novo terminal e uma nova mosca e estamos outra vez prontos a pescar.
Outro factor que é importante ter em conta é que o terminal além de ser a zona de menor resistência é também a que sobre mais desgaste devido ao contacto com pedras,paus, raizes, limos e outras coisas por isso devemos ter sempre atenção ao seu estado e caso achemos que já não está em perfeitas condições proceder imediatamente à sua troca para não corrermos o risco de perder um peixe por mau estado do terminal já que ninguém gosta de perder peixes depois de cravados.

Tudo isto à primeira vista parece ser complicado mas depois de ganharmos algum conhecimento e pratica depressa chegamos à conclusão que afinal até é simples.
Importante será dizer que em relação ao comprimento cada pescador pesca com o tamanho que lhe parece bem para cada situação de pesca mas há uma medida standart que pode ser utilizada em muitas situações que são os 9 pés de comprimento.

Como em quase tudo na pesca à mosca quando falamos em unidades de medida de comprimento devemos por de lado os nossos centimetros e metros e começar a pensar em pés mesmo que para isso tenhamos que fazer algumas contas de cabeça ou com maquina de calcular.

A forma de calculo é muito simples.

Um pé equivale a 30.48 cm ou seja pouco mais de 30 cm, logo são estes 30 cm que devemos ter como base de calculo.
Tomando o exemplo da medida standart do baixos de linha que são os tais 9 pés já falados basta multiplicar 9 por 30 e sabemos à partida que um baixo de 9 pés mede 270cm aproximadamente.


                                                        Mas afinal um baixo de linha e um terminal servem para que?

O conjunto baixo/terminal (leader/tippet) é essencial para formarmos um conjunto de pesca à pluma como o da imagem.
Será no final do do conjunto ou seja no terminal que ataremos a mosca de forma a podermos apresentar a mosca ao peixe que pretendemos pescar.
Legenda da Imagem
Fly reel =carreto
Fly Rod = cana de pluma
Fly line= linha principal
Leader= baixo de linha
Tippet = terminal
Fly= mosca


                                                    E não podemos pescar sem baixo de linha e terminal?

Não!!! Não podemos!
As linhas de pluma são grossas e normalmente de cores pouco discretas o que impossibilita por completo que a ela se possa atar qualquer tipo de moscas por isso para pescarmos à pluma é essencial montarmos sempre no nosso conjunto um baixo de linha e um terminal.

                                                    Como posso unir o baixo de linha à linha principal?

Existem algumas formas mais simples ou mais complicadas de unir o baixo à linha mas o objectivo é sempre o mesmo.  Fazer uma união para que a linha principal transmita ao baixo a energia que o pescador lhe passou com o fim de permitir uma correcta apresentação da mosca.
Podemos até em ultimo caso dar um simples nó entre os dois mas não é de todo aconselhável pois em situação de pesca é importante que possamos substituir facilmente o baixo completo caso seja necessário.
Assim sendo a melhor maneira de unirmos o baixo à linha principal é com o sistema loop to loop (laçada com laçada) que passo a explicar.
Basta fazer uma laçada (argola) na linha principal e outra no baixo na parte mais grossa deste.
Para finalizar a união temos que passar a laçada da linha por dentro da laçada do baixo e de seguida passar a outra ponta do baixo por dentro da laçada da linha e puxar como mostra a figura.
Com este sistema podemos pré-preparar os nossos baixos calmamente em casa e em caso de necessidade por qualquer razão quando em acção de pesca podemos substituir o baixo muito rapidamente e voltar a pescar.


Sistema loop to loop

Linha preta= linha principal
Linha cinza=baixo de linha
Este sistema loop to loop pode também ser usado para ligar o backing à linha principal ou mesmo o baixo de linha ao terminal.

                                                                    Como é que posso fazer um loop?

Podemos fazer um loop na linha principal de várias formas e podem ver uma simples e eficaz no site segredos da pluma.
    
                               http://www.segredosdapluma.com/truques-e-dicas/unir-linha-ao-baixo.htm
Para mim pessoalmente a melhor maneira de fazer um loop na linha principal é utilizar um loop conector como o da imagem que se pode comprar em qualquer loja que venda material de pesca à pluma.
Loop conector

São simples de colocar, ficam discretos na linha e são eficazes. Eu uso um em quase todas as minhas linhas.
É importante termos atenção ao tamanho do conector pois há maiores e mais pequenos que se adequam melhor ou pior conforme a numeração da linha.
A maneira de o colocar é muito simples. 
Os loop´s conector´s são feitos de uma malha de nylom por onde vai entrar alguns centimetros da linha principal. depois é só empurrar a manga de silicone que já vem pré instalada até cobrir por completo a malha que se sobrepôs à linha e por fim eventualmente cortar rente com um corta unhas por ex. algum excesso de malha que se possa ter desfiado e não ter ficado tapada pela manga de silicone.
Embora não seja necessário pois esta engenhoca é feita para quanto mais se puxa mais ela apertar o que quase impossibilita que eles se soltem eu gosto sempre de colocar uma gota de super-cola mas caso optem por o fazer tem que ser muito rápidos a fazer a operação pois se não o forem a manga de silicone não vai chegar ao local correcto e inutilizamos por completo um loop conector e teremos que cortar alguns cm da nossa linha.
O efeito final será este.
Loop conector já colocado na linha principal.
Já nos baixos de linha podemos fazer um loop fazendo um simples nó com o fio do próprio baixo.
Aqui eu também prefiro fazer um loop mais discreto fazendo-o com o fio do baixo mas fazendo o nó com um pedaço de fio de nylon de baixo diâmentro de maneira a fixar o loop e finalizando com um pouco de super cola e deixar secar.
Fica +/- como mostra a figura.

Também já há no mercado linhas de pesca à pluma com loop de fabrica caso prefiram mas não são ainda muito fáceis de arranjar.
Linha de pluma com loop de fabrica


                                                                          Os baixos de linha são todos iguais?

Não! mesmo entre tipos iguais de baixos de linha há diferenças e logo a que salta à vista é o seu comprimento que como já referi acima é medido em pés.
A segunda diferença mais óbvia é o seu diâmetro final e para os distinguir existe na comunidade plumeira e nos fabricantes em geral uma tabela universal em que o valor de referência é a letra X. (Ver tabela abaixo)




Ou seja a maneira de interpretar a tabela é a seguinte:
Se formos a comprar um baixo de linha e embora algumas marcas também tenham referência ao diâmetro final do baixo todas as marcas decentes trazem referência à numeração do baixo em X.
Basta olhar para a tabela acima e sabemos à partida que um baixo de numeração 3X terá sempre um diâmetro final de 0.20mm independentemente do tipo e material do baixo e do comprimento que possa ter. Assim como um baixo de numeração 0X terá sempre um diâmetro final de 0.28mm nas mesmas condições mas sempre com as possíveis variações de diâmetro de fabricante para fabricante.
Ou seja um baixo 1X de uma certa marca pode ter um diâmetro final de 0.247mm e um outro baixo 1X de outra marca pode ter um diâmetro final de 0.254 mm mas com os devidos arredondamentos ambos os baixos  acabam por ter 0.25mm de diâmetro final.
Esta tabela é valida para os ´´normais`` baixos cónicos comercias mas também para as bobines de fio especifico para fazer terminais (tippet) para a pesca à pluma como podem ver nas imagens abaixo.
Importante também será dizer que por norma um baixo de linha quanto menor é o diâmetro final também menor será o seu diâmetro final de forma a garantir um baixo bem equilibrado e que permita uma boa apresentação da mosca.

Baixo de linha cónico com referência ao comprimento,diâmetro final e resistência.

Bobine de fio especifico para fazer terminais com referência ao seu diâmetro tanto pela tabela X como em mm aos metros de fio que a bobine trás e resistência.

Assim sendo facilmente chegamos à conclusão que é o pescador que tem que adaptar o baixo que vai usar ao peixe que vai querer pescar e não o contrario.
Se formos para um qualquer rio de montanha com intenção de pescar pequenas trutas teremos que usar um baixo de pequeno diâmetro (6X por ex) de forma a podermos apresentar discretamente a mosca mas também porque sabemos que as trutas além de muito desconfiadas que obrigam o pescador a pescar com muita descrição por norma também são peixes pequenos que não necessitam de fios com muita resistência.
Se por outro lado a intenção do pescador é pescar carpas numa qualquer barragem ou rio já manda o bom senso que use um baixo de maior diâmetro (1X por ex). Isto porque as carpas não são peixes tão desconfiados por natureza como as trutas mas principalmente porque são peixes que facilmente atingem grandes dimensões e que exigem ao pescador que use um baixo e um terminal mais fortes para as conseguir pescar.


                                                              Posso colocar mais que uma mosca num baixo de linha?

Sim pode!
Não há qualquer problema em pescar com mais que uma mosca à excepção de:
A legislação em vigor permite pescar com um máximo de 3 moscas por montagem por isso é são essas 3 moscas que nos devemos limitar a montar.
Quantas mais moscas tivermos na nossa montagem mais possibilidades há de haver grandes nós que muitas vezes obrigam a termos que substituir todo o baixo com que estamos a pescar.
Se optarmos por pescar com mais que uma mosca devemos fazer derivações de fio no baixo de linha nos locais que queremos que a mosca vá trabalhar e para tal podemos entre outros usar o seguinte nó que se chama nó dropper loop.
Nó dropper loop
A montagem de pluma onde se usa mais que uma mosca é a chamada montagem em tandem e é como os rabos cada uma tem a sua mas um pormenor importante é não usar moscas com o mesmo peso pois além de permitir pescar em diferentes camadas de água também ajuda a que não se façam tantos nós.
Vou colocar alguns exemplos de montagens que permitem pescar com mais que uma mosca.

Montagem tandem com uma ninfa a diferentes profundidades e com uma mosca seca que além de ser uma mosca pescadora também serve de indicador de picada.

Montagem tandem com duas ninfas.


Montagens em tandem com duas ninfas de diferentes peso e uma mosca seca que além de ser uma mosca pescadora
Também serve de indicador de picada.
                                  Tenho mesmo que comprar os meus baixos de linha?

Não! Não temos! 
O resultado nunca será tão bom como se comprarmos baixos específicos para o efeito mas podemos perfeitamente ser nós próprios a fazer os nossos baixos de linha e para isso basta unir diferentes pedaços de fio de pesca de diferentes secções sempre do mais grosso para o mais fino de maneira a imitar a conicidade de um baixo comercial.
Um pormenor importante é que os nós de união das diferentes secções devem ser os mais discretos possíveis de forma a ficarem o máximo disfarçados no nosso baixo.
Um bom nó para montar baixos caseiros é por exemplo (mas há mais) o blood knot (nó de sangue) que podem ver como se faz na imagem abaixo.
blood knot
E pronto espero com este artigo ter ajudado a esclarecer algumas duvidas sobre este elemento tão importante na pesca à pluma que é baixo de linha.

Cumprimentos, boas pescas e não se esqueçam de os peixitos libertar.

























Um bai

segunda-feira, 22 de julho de 2013

1ª e 2ª pescaria do ano.

Ola a todos!!!


Desde já peço desculpa por estar tanto tempo sem dar novidades mas entre trabalho,familia e as poucas pescarias que tenho feito não tenho tido tempo.

E é mesmo o relato das minhas duas ultimas pescarias que venho partilhar convosco.
A 1ª delas já foi à coisa de um mesito atrás e foi ´´só`` a minha melhor pescaria de sempre as carpas à pluma.

NOTA: Já tive melhores resultados nas carpas quando pescava com outras técnicas que não a pluma mas como actualmente sou um modesto plumeiro mas um plumeiro convicto que pesca exclusivamente à pluma meço os meus resultados apenas e só desde que pesco à pluma.
Como eu costumo dizer, tenho todo o respeito por todas as outras técnicas de pesca desde que praticadas com respeito aos outros pescadores e principalmente com respeito ao peixes pois sem eles não existe a pesca mas a pesca à pluma é muito mais que uma simples técnica de pesca e todo o plumeiro sabe o que eu quero dizer com isto.

A primeira jornada que vou falar foi a minha primeira pescaria na barragem de Vascoveiro deste ano. Não foi a 1ª sessão ás carpas pois já antes tinha ido uma manhã à barragem do Meimão de onde vim em branco.

Chegado ao local foi facil constatar que o inverno chuvoso tinha deixado marcas na barragem pois a cota de água estava no máximo mas sabendo a dificuldades de pesquisa das margens não foi nada que me incomoda-se (bem pelo contrario)
Viatura estacionada e foi altura de preparar o material escolhido para a jornada que foi a minha caniça Ron Thompsom V8 de 9.5 pés para linhas #7/8 ao qual juntei o carreto Sonik SK3 equipado com uma linha #5 scientific anglers air cell e um baixo cónico 0X de 12 pés de marca própria da loja the essential fly e um terminal 0.28mm pois ia com ideias de tentar tirar uma das gordas.
Não costumo fazer publicidade aqui no meu forum até como não me pagam para isso mas os bons negocios devem ser partilhados e estes baixos tem uma excelente relação qualidade/preço por isso se alguém procura baixos bons e baratos estes são uma boa aposta.
http://www.theessentialfly.com/tapered-fly-fishing-leaders/0x-co-polymer-tapered-leader-for-fly-fishing-105lb-0x.html

Mas vamos falar de pesca que é isto que a malta quer.
Comecei a pescar logo assim que acabei de montar o material pois foi só andar meia duzia de metros e logo vi a algumas carpas no passseio entre as ervas mas das quais nenhuma delas achou piada à minha mosca.
Um pouco mais à frente lá estava uma carpola bem enfiada no meio das ervas à qual foi só meter a mosca à frente e pimba tinha acabado de cravar, tirar, fotografar e devolver a 1ª carpa da jornada e do ano que teria cerca de dois kilos. Um bom prenuncio pensei eu.
Logo ali perto dou de caras com uma pobre carpola morta, meia comida e com a barbatana caudal completamente desfeita o que me fez ficar a pensar que alguma lontra deu conta de eu me aproximar e deixou para trás o seu troféu. Seria uma lontra ou não isso não posso garantir mas na minha opinião penso que sim poderia ser.
Foi altura de avançar um pouco mais e lá vi outra carpola esta um pouco maior que outra. Toca de colocar a mosca bem a frente do peixe ao que ela não se fez rogada e lá à comeu.
Depois foi tempo uma luta quase épica pois a bicha além de arrancar mesmo pelo meio dos juncos que nem um comboio que me fez andar em manobras de emergência para desembaraçar a linha ela ainda se lembrou de dar umas poucas de voltas num pequeno calhau que estava a cerca de 20 metros da margem onde acabou por ficar presa e que não me deixou outra solução que não fosse ir a nado  a busca-la. (sim eu também sei nadar).
Foi a única carpa que pesei e acusou 3.5 kilos na minha balança e que se revelou também a maior da jornada e do ano até agora.
Seguiu-se mais uma captura, e outra, e outra... e ainda vi duas das gordas, uma com cerca de 5 kilos e outra que teria seguramente mais de 6. Ainda consegui fazer-me à maior destas duas mas depressa me mandou ir tirar batatas.
Ao todo cravei 20 carpas mas acabei por perder 5 nas ervas,pedras e paus o que deu o numero de 15 carpas à mão entre 1.5 e 3.5 kilos que dariam um peso total aproximado de cerca de 40 kilos.
Para mim foi só a minha melhor jornada de sempre e só não foi perfeita porque não consegui bater o meu recorde senão teria-o sido.
Resta-me escrever sobre está pescaria que TODAS as carpas foram cravadas com peixe visto e a pescar à ponta. Não fiz um único lançamento que fosse em toda a pescaria por isso quem pensa que para pescar à pluma é necessário sempre lançamentos longos e vistosos tem aqui uma prova que não o é de todo.

Agora vou falar sobre a 2ª jornada que foi na mesma barragem e exactamente com o mesmo material de inicio.
Chegado à barragem com as espectativas em alta com a possibilidade de repetir os resultados da ultima jornada a 1ª coisa que me apercebo é que no espaço de um mês o nível da água baixou cerca de 30 cm, foi  só o tempo de montar o material e fazer-me a elas.
Depressa me apercebo que a actividade das carpas nem se podia comparar com a jornada anterior pois andei uns bons 200 metros até ver a primeira carpa que também depressa me viu a mim e deu de frosques.
Foi então que vi dois pequenos basses e pensei, porque não??? Sempre dá para entreter e lá tirei um deles.
Voltei a andar mais um pouco e lá vejo uma carpolita ai de 3 kilos e pouco a dirigir-se para detrás de um barroco.
Dei-lhe tempo e fui ver dela e ela lá estava a esgravatar o fundo em busca de comida. coloco-lhe a mosca á frente e ela lá abre a boca.
já cá cantas pensei eu mas no fim quem se riu foi ela já que eu consegui a proeza de lhe tirar a mosca da boca mesmo na altura em que ela a ia a comer.
Voltei a andar um bom bocado e nada de carpas e lá ia tirando um ou outro pequeno basse sempre que os via.
foi então que o vento fez questão de me fazer companhia e eu pensei, bem se até agora nada de carpas se o vento se levanta já não saco nehuma de certeza. Mais vale tentar só os basses.
Toca de trocar a linha #5 pela linha  #8 (é a vantagem dos carretos de cassete) um baixo de metro e meio e escolher a mosca a atar.
Acabei por optar por um pequeno ratinho em pelo de veado e foam e ao 2º lançamento já me estava provar que os ratinhos são muito mais que moscas bonitinhas e engraçadas pois logo cravei mais um pequeno basse.
Lançamento para aqui ,lançamento para ali e sempre iam dando os achiganitos para entreter e ficar a cheirar a peixe.
Foi então que um pouco à frente estava uma carpolita a comer mesmo em terreno limpo (sem ervas) tinha um pequeno streamer de marabou preto, cabeça dourada e um pequeno ackle também preto com que vinha a dar nos achiganitos e pensei, nem é cedo nem é tarde vai já com esta.
lançamento feito dois ou três esticões para dar vida a mosca e ela lá a comeu.
Em boa hora pensei eu pois já tinha perdido a esperança de enganar uma carpola nesta jornada e esta embora pequena sempre era uma carpa.
Foi então que um pouco mais à frente vejo outra carpa mesmo no meio das ervas. Mosca à frente e zásss já cá cantava a segunda.
Queres ver que agora por fim é que dão as carpas e ainda tenho que voltar a colocar a linha #5?? Pensei eu. Mas não foi sol de pouca dura pois andei mais um bom bocado sem ver uma única carpola.
Até que mesmo encostada a um grande barroco lá estava sossegadinha a maior carpa que vi neste dia. Era menina para mais de 4 kilos à vontade ou mesmo perto dos 5 kilos e parecia estar mesmo a pedir para ser  pescada.
Como estava mesmo de frente para o barroco e eu me tinha aproximado demais até me aperceber da sua localização já não podia recuar com medo de a assustar, puxei um pouco de linha para fora e coloco-lhe a mosca mesmo à frente da boca e ela simplesmente ignorou completamente a mosca e virou-se.
Tenho a certeza que ela me viu mas mesmo depois de me ver como ela não fugiu voltei a colocar a mosca na água e ela dirigiu-se prontamente na sua direcção.
Queres ver que...pensei eu mas tal como o pior dos maçaricos o nervosismo parece que se apoderou de mim pois no exacto momento que  a vejo a abrir a boca tirei-lhe a mosca da frente.
Escusado será dizer que ela deu-me uma 2º oportunidade (coisa rara) mas a 3º eu já a não a iria ter.
como já estava perto do carro e já passava da hora de almoço dei ali por finda a pescaria mas sempre a remoer sobre a minha azelhice.
Enfim, foi pescaria muito proveitosa não tanto pelas carpas que foram poucas nem pelos basses que apesar de ter tirado cerca de 20 eram todos pequenos, mas sim pela lição de humildade que os peixes me deram e que me fizeram recordar que já vou apanhando uns peixitos mas que ainda tenho um longo caminho a percorrer para me aproximar sequer dos verdadeiros artistas das carpas à pluma.
Resta-me escrever que todos os esforços foram feitos para que todo os peixes voltassem à água no melhor estado possível.

O melhor destas duas jornadas nem foram os peixes que tirei ou podia ter tirado.
O mais importante foi chegar a casa e lembrar-me que passei um bom bocado e principalmente não me aleijei.


Algumas fotos de algumas das carpolas da 1ª jornada.









Algumas fotos da 2ª pescaria.











Obrigado a todos os que tiveram paciência para perder um pouco do seu tempo comigo.

Um abraço grandes pescarias e se tiverem necessidade de moscas para carpas ou basses e não sabem onde arranjar podem dar uma vista de olhos nestes tópicos.

















terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

As moscas do Saraiva


Ola a todos.

Com o aproximar da nova temporada truteira gera-se um alvoroço e um nervoso miudinho no pessoal plumeiro como não se vê em mais nenhuma modalidade de pesca.
Eu mesmo não sendo grande artista nas trutas (para não dizer um manco do caraças) também gosto muito  de me fazer a elas (não fosse eu um plumeiro convicto) nem que seja só para me entreter e passar um bom bocado à beira rio.
Como não podia deixar de ser também monto moscas para trutas e embora não tenha nenhum tópico aberto como as as moscas das carpas e dos basses isso apenas se deve à enorme variedade de possíveis moscas a montar para esses belíssimos peixes o que torna um tópico com uma selecção de moscas truteiras para venda aqui no meu blog um tanto ou quanto complicado pois muitas boas moscas teriam que ficar de fora.
Por essa simples razão procuro satisfazer encomendas ´´especiais`` que me peçam com moscas escolhidas por quem as vai usar ou  caso não saibam muito bem o que querem posso montar uma selecção de moscas à minha escolha caso assim entendam. 

É mesmo uma dessas encomendas em que o interessado escolheu as moscas que pretendia e eu apenas me limitei a montar que venho aqui mostrar.

Estas moscas vão direitas a Vale de Cambra para o amigo Saraiva que já é segunda vês que me compra moscas para as trutitas e que espero lhe tragam muitas e boas alegrias.

Ora aqui ficam algumas das moscas do amigo Saraiva.


 

Ninfas de tricoptero com cabeça dourada



 

Pheasant Tail variadas com e sem cabeça dourada


 

Ninfas orelha de lebre com cabeça dourada


Olive quill nynph


X-damsel (larva de libélula)


Ninfa de latex


 

Buzzers


Klinkhammer 

Adams dry fly




 
 Black Gnat Dry Fly

Dun de Quill e Esquilo 


Pale Morning Dun 


Elk air caddis com cdc


A encomenda completa




Alguma encomenda especial de moscas truteiras em que eu possa ajudar é favor contactarem pelos mails habituais.

maraines0207@hotmail.com

maraines0207@gmail.com

Fiquem bem e boas e grandes pescarias para todos e não se esqueçam de os peixitos devolver.